Contra-tendência do dia
Nos anos 90 tivemos muitas espectativas em relação ao futuro. Um dos adjectivos que definia coisas boas era o "moderno" e tínhamos confiança no devir dos tempos e do que ia surgir deles. Era uma altura de romper com o passado e as coisas pautavam-se por quebrar com o status quo. Havia uma euforia pelo novo. Agora, no presente passa-se o contrário. A tendência é ir buscar ensinamento ao passado e, assim, dirigimos o olhar para aquilo que já foi feito à procura de inspiração. Uma das vertentes deste movimento nostálgico é inclusive burilar o novo para adquirir aspecto de velho. Chama-se a isso neo-retro com exemplos quotidianos como o novo Mini, o VW carocha (bettle), o Fiat 500. E apesar da industria automóvel gostar muito disso, a questão não fica por esse ramo, ao ponto de termos marcas como a hulger que faz telefones "à moda antiga" para telemóveis modernos. Posto isto, é irónico que no dealbar do século XXI estejamos com um olho no passado, ao ponto de uma das reacções, esta tb fruto da industria automóvel, seja um caso clássico da dialectica hegeliana, contendo em si a coisa que se propõe a não ser, que é o conceito de "anti-retro" da citroen, ancorado em figuras progressistas do passado, para afirmar um futuro mais "novo".
2 Comments:
word. e solução para a epidemia do antigamwente? fora a óbvia e ocasional chapada
já se sabe, não há melhor terapêutica que a ocasional e óbvia chapada. Do ponto de vista profilático passa a ser a arbitrária e aleatória chapada.
Post a Comment
<< Home